Mostrar mensagens com a etiqueta Rituais. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rituais. Mostrar todas as mensagens

04 março 2014

Máscaras de Noémia Delgado

Ao terminar o Entrudo, destacamos o documentário realizado por Noémia Delgado, em 1976, dedicado às celebrações dentro do ciclo invernal. 

Nota de advertência para algumas imagens que podem ferir a sensibilidade do espectador!






Fonte
http://archaeoethnologica.blogspot.pt

03 março 2014

A Alma do Entrudo

Carlos González Ximénez - Álbum de Carnavais Rurais aqui


Na fronteira entre o Inverno e a Primavera, os demónios andam à solta em Lazarim. Com cerca de 700 habitantes e um único acesso por estrada, esta vila do concelho de Lamego é palco de um dos Entrudos mais genuínos de Portugal. 
A festa começa muitas semanas antes do domingo gordo. Os artesãos esculpem as máscaras dos caretos em madeira de amieiro, os rapazes e as raparigas miram os defeitos uns dos outros para redigirem depois os ácidos testamentos em rima. Terminada a queima do compadre e da comadre, todos se juntam no terreiro do Carnaval para partilhar os sabores de uma feijoada e de um caldo de farinha.

Reportagem de Manuel Vilas Boas com montagem e sonorização de João Félix, a 24 de Março de 2006. Para ouvir aqui.






08 dezembro 2013

Espiral de Advento

Na segunda semana do Advento, ainda a espiral... e o caminho de Maria, o caminho de todos nós.

Espiral como energia cósmica, sol, nascimento, morte e renascimento. Símbolo de evolução e involução. Presente em muitas culturas, ao ser associada à vida, está representada em muitas divindades femininas do paleolítico.

Advento é tempo de contemplação, de preparação, de espera pelo que virá durante as festividades do Inverno. Tempo de procura.

Na orientação Waldorf o cerimonial do Advento e do Inverno celebra-se através de um ritual que tem como base uma espiral:

Evergreen boughs are laid on the floor or ground to create a spiral. In the center of the spiral is a lit candle. The room is darkened (or it is nighttime if held outdoors) and each child takes a turn to walk the spiral holding an unlit candle. As the child reaches the center, she lights her candle from the center candle and then retraces her steps out of the spiral. The child brings forth the Light as she walks outward and chooses a place along the spiral to set her lit candle. As child after child has a turn and more and more lit candles grace the spiral, the room becomes increasingly filled with light. Nothing formal is explained to the children; it is a lived experience that takes place within them at a level beyond words.

Espiral de luz, movimento e mudança.



A liturgia celebra frequentemente a Virgem Maria como exemplo durante esta época do Advento, designadamente as Igrejas Ortodoxas. E curioso, ou não, a ligação da espiral/labirinto ao nascimento -

 (...) the baby begins its birth journey in the center of the spiral, which represents the womb, and during the course of labor, it follows the rings in the spiral until it tumbles out. (Pam England, Labyrinth of Birth, p. X).










21 novembro 2013

O sagrado no aniversário de uma criança - The Waldorf Birthday Story

Por Dzvinka Hayda
“Guardian Angel” by Nancy Jewel Poer

Once upon a time there was a little child named____________ who was still with the angles in heaven and he/she was very happy there. He looked at the beautiful colors and listened to the lovely music, and that was where he belonged. But one day the clouds parted in heaven and __________saw the beautiful green earth below with all the people happily playing and working and he suddenly longed to go there and see what it was like. He saw all the rainbow colors of the earth, He saw butterflies visiting flowers and birds flying in the air. They seemed to be beckoning him. He saw fish swimming in the sea and all the different plants that covered the earth. he saw children climbing trees running and jumping in the meadows and walking through sand and leaves. It was all so beautiful!
So he said to his angel, ‘Please, may I go down to earth now?” But his angel looked at him and said, “No, it is too soon. You must wait a little while yet”. So the child went and was happy and soon forgot about the earth. Then one day again he saw a glimpse of the earth through the clouds again. He saw mother and fathers doing their work. He saw bakers and engineers and writers and farmers. He saw mothers and fathers loving their children. Then he saw a beautiful mother with love and longing in her heart for a child and he asked his angel now, “May I go to her?”

The angel said, “You must go through the land of dreams first.”
(** See below for options) The next night the little child had a dream. He dreamed that he met and man and a woman and they stretched out their arms to him and asked him to come be their child. The child told his angel the dream. The angel said, “It is now time for you to go.”
So the child asked, “So may I go now?”
“You shall see.” Said the angel.
That night the child went to sleep into dreamland and while ten moons waxed and waned he rocked in a little boat. And at the end of that time a beautiful rainbow bridge stretched from heaven to earth and on it came the child as a tiny baby and slid into his mother and father’s waiting arms. They looked in awe at this new life and said “We shall call him/her ____________ “


**The next night the little child had a dream. In it he dreamed that he went to the mother and she held out her arms and said, “Please come and be my child.” The little boy went to the angel and told him the dream. The angel said, “It is now time for you to go. But we must first find your father.” The angel looked and looked. Finally the angel came back and said to the little boy. I have found your father, only you must understand one
thing. You will have two fathers. For the first I have found is able to give you your first life and unlock the rainbow bridge for you to come to earth. However, he is unable to give you the love and guidance you need in life. Your second father, Mario, will be waiting for you a few years later and he will give you your love and guidance in life.

So the child asked, “So may I go now?”
“You shall see.” Said the angel.
That night the child went to sleep into dreamland and while ten moons waxed and waned he rocked in a little boat. And at the end of that time a beautiful rainbow bridge stretched from heaven to earth and on it came the child as a tiny baby and slid into his mother’s waiting arms.

Fonte:

11 novembro 2013

Mulheres curadoras


Por Mani Alvarez

Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que por muito tempo andaram sumidas, ou até mesmo escondidas. Hoje retornam com um diploma de pós-graduação nas mãos e um sorriso maroto nos lábios. Seu saber mudou de nome. Chamam de terapia alternativa, medicina vibracional, fitoterapia, práticas complementares…são reconhecidas e respeitadas, tem seus consultórios e fazem palestras.
As mulheres curadoras fazem parte de um antigo arquétipo da humanidade. Em todas as lendas e mitos, quando há alguém doente ou com dores, sempre aparece uma mulher idosa para oferecer um chazinho, fazer uma compressa, dar um conselho sábio. Na verdade, a mulher idosa é um arquétipo da ‘curadora’, também chamada nos mitos de Grande Mãe.
Não tem nada a ver com a idade cronológica, porque esse é um arquétipo comum a todas as mulheres que sentem o chamado para a criatividade, que se interessam por novos conhecimentos e estão sempre a procura de mais crescimento interno. Sua sabedoria é saber que somos “obras em andamento’, apesar do cansaço, dos tombos, das perdas que sofremos… a alma dessas mulheres é mais velha que o tempo, e seu espírito é eternamente jovem.
Talvez seja por isso que, como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.
Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza,. Prova disso é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer…
Nunca escrevem tratados sobre o que sabem, mas como sabem coisas! Hoje os cientistas descobrem o que nossas avós já diziam: as plantas têm consciência! Elas são capazes de entender e corresponder ao ambiente à sua volta. Converse com o “dente-de-leão” para ver… comunique-se com as plantas de seu jardim, com seus vasos, com suas ervas e raízes, o segredo é sempre o amor.
Minha mãe dizia que as árvores são passagens para os mundos místicos, e que suas raízes são como antenas que dão acesso aos mundos subterrâneos. Por isso ela mantinha em nossa casa algumas árvores que tinham tratamento especial. Uma delas era chamada de “árvore protetora da família”, e era vista como fonte de cura, de força e energia. Qualquer problema, corríamos para abraçá-la e pedir proteção.
O arquétipo de ‘curadora’ faz parte da essência do feminino, mesmo que seja vivenciado por um homem. Isso está aquém dos rótulos e definições de gênero. Faz parte de conhecimentos ancestrais que foram conservados em nosso inconsciente coletivo.
Perdemos a capacidade de olhar o mundo com encantamento, mas podemos reaprender isso prestando atenção nas lendas e nos mitos que ainda falam de realidades invisíveis que nos rodeiam. Um exemplo? Procure saber mais sobre os seres elementais que povoam os nossos jardins e as fontes de águas… fadas, gnomos, elfos, sílfides, ondinas, salamandras…
As “curadoras’ afirmam que podemos atrair seres encantados para nossos jardins! Como? Plantando flores e plantas que atraiam abelhas e borboletas, gaiolas abertas para passarinhos e bebedouros para beija-flores.
Algumas plantas ‘convidam’ lindas borboletas para seu jardim, como milefólio, lavanda, hortelã silvestre, alecrim, tomilho, verbena, petúnia e outras. Deixe em seu jardim uma área levemente selvagem, sem grama, os seres elementais gostam disso. Convide fadas e elfos para viverem lá.
Lembre-se: onde você colocar sua percepção e sua consciência, a energia vai atrás.
RITUAL PARA CRIAR UM CAMPO DE ENERGIA EM SUA CASA
  • Escolha uma planta para ser a Planta Protetora de sua casa.
  • Batize-a, perguntando-lhe o nome. O nome que vier à sua cabeça é este que ela está lhe falando. Isso é importante, porque você está estabelecendo um primeiro relacionamento com sua planta.
  • Converse com ela, conte-lhe alguma coisa – pode ser um sonho, um desejo ou uma intenção para a energia de sua casa.
  • Todas as vezes que for regar a planta, pense na sua intenção e reforce o seu propósito.
  • Agradeça sempre pela energia que ela está emanando para sua casa. Diga:
    Obrigada, Espírito da minha Planta Protetora, por você estar energizando essa casa. Este simples gesto significa que você confere existência e poder à sua Planta Protetora.


    Fonte

31 outubro 2013

Halloween... Samhain... por cá são os Magustos!

O título do post de hoje é daqui

Finaliza a época das colheitas. Entra a estação da escuridão.

O véu entre o mundo dos vivos e dos mortos torna-se mais ténue. Celebra-se a morte e o renascimento, honrando os antepassados.

O elemento fogo, presente nas fogueiras, purifica e protege, despoletando uma postura intropectiva, tal como as sementes que se vão desenvolvendo na terra. 

O autor galego José Manuel Barbosa refere que "ao nome de Magusto têem-se-lhe dado várias orígenes etimológicas dentre elas a de “MAGNUS USTUS” que vem significar al assim como “grande fogueira” donde MAGNUS é grande e USTUS, queimado, ardido, o participio passado do verbo “Uro”, arder, queimar. Pode ter umha certa lógica mas nós quigêramos propor outra desde aquí que tem a ver com as palavras “MAGUS” feiticeiro, bruxo, mago e “USTUS”. A maioria das palavras em galego-português provêem do acusativo latino que neste caso seria “MAGUM USTUM” donde seria mais fácil explicar a deriva para “Magusto”, e mesmo em dativo “MAGO USTO” literalmente “…ao ou para o mago queimado” querendo falar quiçá dumha fogueira para queimar magos segundo criterios anti-pagaos medievais? Quiçá se refira à fogueira onde os magos faziam as suas queimadas entendidas como rituais com fogo? Pode derivar daí a queimada galega com o seu ritual hoje vulgarizado e desprovido de qualquer conotaçom esotérica? 





Recomendados dois artigos sobre a presença dos magustos/magostos no património imaterial galego-português -  aqui e aqui




22 outubro 2013

Karva Chauth Vrata

Karva Chauth Vrata October 22, 2013 
Sacred fast for well-being and good fortune of the family.

In India, the sacred fast of Karva Chauth empowers the married woman with the power and grace of Shakti. Women fast for the good fortune, well-being and longevity of one’s partner. Men in gratitude wow to protect and nurture their family. 

Karva Chauth is the most sacred fast as the woman goes through the entire day without any food or water till the sighting of the Moon. Fasting symbolizes the ability of purity, and being grounded and calm. Every woman must hold to the sacredness of this festivity by contemplating on the nurturing, harmonious and spiritual aspect of this festival. 
(...)


Karva Chauth Celebrations
‘Saubhagyavati’ is the auspicious, joyous and happy state of womanhood. Karva Chauth reflects the abundance, prosperity, harmony and happiness of the family. The woman in Hindu dharma epitomises the form of Shakti, the Mother Goddess. She brings in prosperity in the form of Shri Lakshmi. Honoring the woman in every tradition will help sustain the well-being and harmony of the universe. It is a time of celebration symbolising the attributes of the Mother Goddess in worldly objects like gold finery, silver, red bangles, silk, henna, sindhur (mark of a married woman), flowers in the hair, ittar, incense, sweet offerings. These reflect the marital status of every woman.


Karva Chauth Rituals
At the hint of dawn we move through the rituals of purification and adorning, before partaking of food, fruits, water or milk. The rest of day no water or food is taken.

Sargi
Preparations for Karva Chauth begin the previous day with the Sargi or special food items which are eaten before sunrise. Mathi or flour circular rounds with a hole in the center is kept in the Thali.

Baya
On Karva Chauth, traditionally, it is the mother who usually sends Baya or the Karva Chauth Pooja Thali which consists of the roli, kumkum (vermilion), sacred water in a kalash (small earthen pot), dry fruits like almonds, pistachio, diyas or ghee lamps, token money and sweets. After the puja, this thali is presented to the eldest member of the family who blesses the woman.
A Kalash or earthen pot is filled with sacred water. In the Kalash is placed Pancha Ratna (five pieces of different metals gold, silver, copper, brass and iron).

Mehndi or henna
Henna is considered auspicious for married women and forms an important part of Karva Chauth rituals symbolising prosperity and good luck. 

Karwa Chauth Puja
Women gather together in someone’s house and perform the puja in the evening. The sacred space is decorated consecrating the murti or icon of Devi Parvati and the earthen pot with grains, flowers, incense and diyas. The diyas are lit in everyone’s Thali and the Vrata Katha or story is narrated. A part of the fruits and food grains are offered to the Mother Goddess, while the other half is served to the story teller. One must visit a temple or spend time in prayer in one’s sacred space making offerings to the Mother Goddess and Shiva Maheshvara with flowers, incense and ghee lamps. One must pray to Shri Ganesha to remove all the obstacles in our path and bestow on us the buddhi or wisdom of divine grace.
A Thali or tray is decorated for the evening ritual with a ghee lamp, an earthen pot filled with water, a sieve to view the Moon.

Ritual of honoring the Moon
One eagerly awaits the rising Moon to culminate the prayers and fasting after seeking the Soma of the Moon. One is usually informed of the rising Moon as the woman must not look at the Moon directly. The Thali with the lit ghee lamp, earthen pot filled with water and sieve is taken for the puja. Viewing the Moon through the sieve or sighting its reflection in the Thali we offer water and Arati to the Moon, seeking the grace of the Soma to flow into our lives so we are able to nourish, nurture and cherish everyone around us. One must then look at the partner through the same sieve and show reverence touching his feet. The water offered to the Moon is taken to end the fast before embarking on the festivities. This is a reminder to all men to take up their responsibilities in the world of respecting and nurturing the divine feminine form.

Karva Chauth Mantras
Om Namo Parvati Patey Har Har Mahadeva

Sarva-mangal-maangalye, Shive Sarvaarth-saadhike
Sharanye-trayambake Gauri, Narayani Namo-stute

Fontehttps://www.facebook.com

17 setembro 2013

Se queres mudar o mundo, mulher, ama um homem

My Beautiful Peony by sami edelstein



Se queres mudar o mundo, mulher, ama um homem
Ama-o de verdade
Escolhe aquele cuja alma chama a tua; o que repara em ti; o que tem a coragem de ter medo
Aceita a sua mão e guia-o suavemente até ao sangue do teu coração
Onde ele possa sentir 
o teu calor, aí descansar
E, no teu fogo, queimar a sua pesada carga.
Olha fundo nos seus olhos e reconhece o que repousa lá, adormecido ou acordado, tímido ou expectante
Olha-o nos olhos e descortina lá os seus pais e avós, a loucura e as guerras
Que os seus espíritos travaram nalguma terra distante num tempo distante.
Pensa nas suas dores, tormentos, lutas e culpa
Sem julgamento, deixando tudo ir embora.
Sente o seu fardo ancestral
E reconhece que o que ele procura é um refúgio seguro em ti.
Deixa-o fundir-se no teu olhar firme
E compreende que tu não precisas de espelhar aquela fúria
Porque tu tens um útero, um portal doce e profundo para lavar e renovar antigas feridas.

Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade.
Senta-te à sua frente, na tua plena majestade de mulher, na exalação da tua vulnerabilidade
No brincar da tua inocência de criança, nas profundezas do teu morrer
Florescendo num convite, cedendo suavemente, permitindo que o seu poder de homem
Caminhe em direcção a ti… e nadem no útero da Terra, juntos, em silencioso saber.
E quando ele recuar, porque isso acontecerá, e fugir com medo para a sua caverna…
Reúne-te as tuas avós… envolve-te na sua sabedoria
Escuta os seus murmúrios sussurrados,
Acalmando o teu coração assustado
Incitando-te a ficares calma… e esperar pacientemente pela sua volta
Senta-te e canta-lhe, à porta, uma canção de memórias,
Que o possa suavizar, uma vez mais.


Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade
Ama-o o bastante para que fique sem disfarces e livre
Ama-o o suficiente para abrir o teu corpo e alma ao ciclo do nascimento e da morte
E agradece-lhe o ensejo
Quando dançarem juntos por entre os irados ventos e os silenciosos bosques
Vai com a coragem da fragilidade e deixa-o beber nas suaves e arrebatadas pétalas do teu ser.
Que ele saiba que pode segurar-te de pé e proteger-te.
Cai nos seus braços e confia nele para te pegar
Mesmo que tu tenhas sido largada mil vezes antes.
Ensina-o a render-se, entregando-te tu
E mergulha no doce nada do coração deste mundo.

Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade
Encoraja-o, alimenta-o, autoriza-o, ouve-o, abraça-o, cura-o
E tu, em troca, serás nutrida, apoiada e protegida
Por braços fortes, pensamentos claros e focadas flechas
Porque ele pode, se tu o deixares, ser tudo o que sonhas.




~Anónimo~
tradução livre Irene Crespo

02 setembro 2013

The spiritual dimension of birth

By Sarah-Jane Steele





“Spiritual birth recognizes that each and every birth is the birth of the Christ child. The birth support person’s job is to do her best to bring both the mother and child through their passage alive and well and to see that the sacrament of birth is kept holy,” writes the great American midwife Ina May Gaskin. When I visited Gaskin’s Farm in Summertown, Tenn., earlier this year it was to further my training as a doula — a birth support person.
My first birth experience after my training with Gaskin was with a woman who had an older child and was preparing for her second. This woman remembered loud noises, and being directed what to do when she had her first birth experience. She recalls being tense all over, which, she says, made labour pains worse. She had a fear of that same experience with her second child. Being mindful of this, I made sure to allow her the space she required as she found her ritual of walking in circles, stepping in only when she needed to be guided physically.
She paused every few steps and we’d rock back and forth together as she hummed and swayed. She was somewhere else right now. A deep and spiritual place, it seemed.
She was completely at one with herself to the point that I knew that even if an intervention needed to happen in her labour, she would stay in this sanctuary she’d stepped into. She continued to hum and rock to the beat of her own internal rhythm.
An intervention wasn’t needed.
This got me thinking … there is something ritual about labouring and something ceremonious in carrying a child from the great unknown into reality.
In her book Spiritual Midwifery, Gaskin posits that if a woman allows herself to enter a spiritual realm in labour, her pain will be felt less, she will reach a new high and she will cross over from one part of her life into a new dimension.
I have to say reading those things before I had a child seemed wildly presumptuous. But, as I attended more and more births as a Doula, I began seeing these crossings more often. There seems to be a marked point in labour where if a woman has enough of a connection to her spirit, she goes inward to an ethereal place.
Almost all religions have some sort of ritual, whether it’s the ceremonial and symbolic drinking of wine, chanting, reciting or singing. It’s that ritual that keeps the follower of a select religion coming back. It represents something meaningful, comforting.
Labour is an intimidating and scary ceremony to step into, but this mother I speak of hummed her baby into the world. When the baby was born she just stared straight ahead, breathing, with a fixed gaze. After what felt like an eternity to me, she just readjusted her eyes and looked at her baby with a smile that took up her whole face. She had come out of her spirit den as it were.
There are instances where the labouring woman can go to a place of divinity. It takes faith, support and the desire to know one’s spirit better. Trust it and let it lead you.

When her labour was over, there she was, back in this world with her newborn child feeling as though she’d rushed toward the centre of her spirit for 12 hours and back again, reborn with a newborn. What a blessing it was to witness.


Fonte:

22 agosto 2013

Solah Shringaar: adornos, ornamentos - muito para além da moda


The Ayurvedic Corner Mystical Beauty Rituals

By: Avani Sukhadia 





Classic Indian beauty rituals have become quite a fashion trend these days. In a desire to create an exotic aura about themselves, women around the world are turning to the East for health, beauty and fashion cues. Everywhere we look we see Indian symbols, prints, fabrics, scarves, and jewelry, becoming a part of mainstream design and fashion culture.

The Vedic texts have actually described particular beautification practices that women should undergo, in order to carry a high feminine vibration. The Sanskrit texts list "16 Adornments" Solah Shringaar that apious Hindu woman should wear. These are not just suggestions in order to look beautiful, or to attract men, but to actually carry and bring forth the Divine Feminine energy or Shakti into the home.

The word "Shringaar" is associated with Goddess Lakshmi, the epitome of feminine grace, love, beauty, good luck and prosperity. Hindus consider a woman to be the physical representation of The Goddess on the earth plane, and should therefore carry her vibration. Thus it is a woman's divine duty to cultivate family and social harmony at all times.

The mystical beauty rituals described below have both spiritual and physical significance.
Bindi - A red kumkum dot (vermillion powder) worn in the center of the forehead between the two brows. It brings energy to the third eye or Ajna chakra, helping her to see clearly and increase her womanly intuition. It helps her to bring a meditative, conscious awareness to all her daily activities. There is a Hindu proverb that says a Bindi multiplies a woman's beauty 1,000x.

Flowers adorning her hair - Wearing fresh, fragrant jasmine or champa flowers in a woman's hair brings satvic, pure qualities to the head and brain. It cools excitable emotions and calms mental tension. The woman's aura is said to glow like a halo, when wearing these beautiful decorative flowers in her hair.

Nose Piercing - gold or diamond jewelry on a woman's left nostril helps with all female reproductive concerns. This piercing activates a specific marma point, bringing about alchemical changes in the hormonal system. It is said that piercing the left or both nostrils directly affects the uterus, increasing a woman's fertility. This marma also eases menstrual and childbirth pain.

Kohl Eyeliner - Girls should wear Kohl or Kajal, dark black natural eyeliner on the rim of their eyes, giving an attractive, smoldering, dreamy look. It is made naturally from medicinal herbs mixed with the soot of a burning a castor oil / ghee lamp. Not only does it enhance beauty, but its cooling properties strengthen vision, heal many eye ailments, and safeguard delicate eyes from the burning tropical sun. Most importantly it is believed that girls should wear Kohl eyeliner to protect them from another's evil eye and ward off curses.

Henna Design - Henna is a natural plant dye used on the skin and hair, leaving a beautiful rich red color. In a special ceremony before weddings, a henna artist decorates the bride with amazingly detailed, intricate designs, temporarily tattooing her hands (heart marma) with many, many spiritual symbols and motifs.

Bangles - It is considered very auspicious for woman to wear solid gold or glass bangles on both wrists. When the woman moves about, the bangles clink one another, creating sound waves of divine energy, Shakti. The pleasing sound attracts and invites the Devi goddess into the body of the woman and her surroundings. Bangles are also said to bring safety and good luck to a woman's spouse or partner, so it is considered inauspicious for a married woman to be without bangles.

Silver Anklets - Payal are silver anklets that are worn on both feet. They constantly activate reproductive marma points around the ankles for the ovaries and uterus. The jingling sound of the anklet bells ward off negative energies before a woman enters a room. Many women report physical and spiritual healings, after wearing payal anklets and bells.

Silver Toe Rings - Silver rings worn on the second toe of each foot act as aphrodisiacs. Given at the time of marriage, these toe rings are said to accentuate a woman's sensuality, increase her libido, and awaken sexual desire. At the same time it is said that wearing these toe rings keeps a woman faithful and committed to her husband/partner.

(...)

Along with outer beauty, it's good to remember that inner beauty is cultivated through prayer, devotion, meditation, and service to humanity. Wearing a genuine smile is the best beauty secret of all.


Fonte:

21 agosto 2013

Una opción placentera para los días de luna.

Por Diana Vegas






Este ritual fue entregado por una indígena del amazonas a una buena amiga quién hace años me hizo el inmenso favor de enseñármelo. Gracias a esta práctica constante he visto mi ciclo sincronizarse a la luna y he logrado identificar el día exacto de ovulación y entrada en luna. Es bastante sencillo y adaptable, la premisa básica es que debemos reconocer nuestra naturaleza cíclica.

Este ejercicio llama a buscar el tiempo, así sea solo un momento para dedicárnoslos, cuidarnos y querernos. El gran ciclo de la vida se expresa cada mes en cada una de nosotras; todo nace, crece, se desarrolla y muere. Nuestras habilidades y atenciones se expresan también de forma cíclica, a lo largo del mes nuestro nivel de introspección y extrospección varía. Es buena idea tomar conciencia de este hecho y de ver en esa pequeña muerte  física, emocional y energética el potencial de transformación que conlleva.

1er día: No hagas nada que no quieras hacer. Es un día para evaluar y reflexionar de la luna que acaba de culminar. Cómo fueron las experiencias, emociones, respuestas e incluso juicios. Qué conductas debo repetir y qué respuestas debo mejorar. No se trata de un regaño pero si de una autoevaluación honesta. Si llega con dolor explora técnicas y herramientas que te ayuden a comprenderlo y aminorarlo. Durante este día no debe ducharte, porque el cambio de temperatura detiene el proceso de salida. Así mismo dentro de las posibilidades no utilices antitranspirante. El proceso de soltar abarca el cuerpo completo y muchas toxinas se liberan por las axilas. Es un día para drenar en todo nivel, para hacer una pausa en la vida y los ritmos que llevamos.

2do día: Devolver a la Tierra.  La idea es que parte de esa sangre la devuelvas a tierra como una ofrenda. Puede tener una maceta con tierra e irla mezclando (esta tierra puedes utilizarla como fertilizante) el concepto detrás de las copas menstruales es que ésta se colecta, no se absorbe (como los tampones o toallas), en este esquema la menstruación es percibida como material orgánico y no como desecho. 

3er día: regálate un baño de flores o sales. Buen día para exfoliarse. Deshacerse de lo superfluo, limpiarse. Limpiar el cuarto, ordenar la mente, revisar proyectos, qué cosas quiero crear este mes. Un buen día para soñar, para escribir, para proyectar los deseos del corazón.

4to día entrégate a danzar. Al compás de una músico o inclusive al silencio, importa es sentir el movimiento en el cuerpo y dejarse llevar, celebrar la feminidad y la renovación comienza un nuevo ciclo, tenemos la oportunidad de desarrollarlo todo de nuevo. Un buen día para expresar de forma artística, pintar, moldear. Un día para regocijarse en la alegría de ser y existir. 



“Las energías del ciclo menstrual no deben restringirse ni controlarse, puesto que el hecho de bloquearlas o coartarlas puede hacer que se vuelvan destructivas; por el contrario, deben aceptarse como un flujo que tiene su propio modo de expresión y contra el que no debemos luchar” 
Miranda Gray, Luna Roja. 


Fonte:



24 junho 2013

São João


Por Flor

Festa cíclica, de raiz pagã, que assenta, fundamentalmente em “sortes” amorosas, encantamentos e divinações que se devem relacionar, por um lado, com o casamento, a saúde e a felicidade, mas que andam também estreitamente ligadas aos antigos cultos pagãos do Sol e do fogo e às virtudes das ervas bentas, ao orvalho, às fogueiras, à água dos rios, do mar e das fontes.

Quem saltar a fogueira na noite de S. João, em numero ímpar de saltos e no mínimo três vezes, fica por todo o ano protegido de todos os males.

Diz a tradição que as cinzas de uma fogueira de S. João curam certas doenças de pele. Para certos males, são benéficos os banhos que se tomem na manhã do dia de S. João, mas antes do Sol nascer. No Porto,  os que se tomavam nas praias do rio Douro ou nos areais da Foz, valiam por nove...

As orvalhadas têm a ver com a fecundidade. Uma mulher que se rebole de madrugada sobre a erva húmida dos campos (“...para tomar orvalhadas / nos campos de Cedofeita”) fica apta para conceber. Segundo um conceito antigo as orvalhadas eram entendidas como o suor ou a saliva dos deuses da fertilidade. Uma outra velha tradição assegura que os namoros arranjados pelo S. João são muito mais duradouros do que os que se formam pelo Carnaval “que não vêm chegar o Natal..."

Em Beja põem-se, numa tábua, 12 montinhos de sal, aos quais se dão os nomes dos meses. Passam depois a tábua pelo fumo de uma fogueira e deixam-na ficar toda a noite ao relento da manhã. Antes de o sol nascer, correm à tábua para examinarem qual dos montinhos de sal está mais húmido, e é então que sabem quais os meses em que choverá mais, segundo os nomes que lhes deram e a humidade de cada um.

Em Trás-os-Montes, acreditava-se que o costume de as raparigas cortarem as pontas do cabelo e, antes do nascer do Sol, as colocarem sobre uma silva mansa fazia com que as pontas não voltassem a espigar.

Por todo o País, criaram-se estas lendas em volta da noite de São João.

Em Lisboa diz-se que se na noite de São João a rapariga põe a mesa com dois pratos, talheres e comida e à meia-noite começa a comer, no lugar vazio surge-lhe a figura do futuro noivo.

No Algarve, segundo a tradição local, enquanto as raparigas dançavam em redor de um mastro enfeitado com madressilva e flores de São João, os rapazes saltavam a fogueira, o que os tornava homens adultos e protegia as crianças das doenças.

As mães passavam por cima das chamas (sem queimar, claro) as crianças doentes ou fracas, e para todos era bom dizer quando saltavam a fogueira:

"Fogo no sargaço,
saúde no meu braço.
Fogo no rosmaninho,
saúde no meu peitinho."

A noite de São João é considerada mágica desde a Idade Média. Diz-se que as "mouras encantadas" deixam a forma de cobras, com que vivem todo o ano, e vêm à tona da água com figura humana. Na madrugada de São João vão as mouras estender os seus tesouros à orvalha do campo. Esses tesouros ficam aí encantados sob a forma de figos. Se alguém passa, os apanha e não os come, transformam-se em verdadeiros tesouros. Se, porém, a pessoa que os apanha os come, reduzem-se logo a carvão. 


 Estrela Faria -  Feira de S. João











Fontes



20 junho 2013

Solstício de Verão

Por Margarida Oliveira


SOL
Divindade envolta num profundo mistério relacionado com os fenómenos vitais. Símbolo da libertação da opressão invernal que submerge, os países setentrionais e circumpolares, num longo e escuro período de esterilidade. É o pêndulo do relógio que marca as horas do princípio e do fim das estações do ano.
No seu curso crescente, iniciado logo após a noite mais longa do Solstício de Inverno, o Sol vai abrindo brechas na penumbra até à sua consagração no Solstício de Verão. Vários povos representam esta viagem, de vida, morte e renascimento, em expressivas espirais solares crescendo a partir do estado de recolhimento, expandindo no zénite estival e inflectindo, ao ponto original, imitando o minguar do Sol com a aproximação do inverno.
Os ciclos naturais, celebrados desde tempos imemoriais, expressam uma matemática simbólica ao assinalarem a alternância das núpcias cósmicas entre a  bênção do céu e a generosidade da terra.
O Calor do Sol assemelha-se ao Calor Ígneo: ambos inacessíveis e incomportáveis, ambos imprescindíveis à sobrevivência. O fogo purifica e transforma. O Sol injecta nos solos o pulsar criador.

LITHA
Solstício de Verão:
Regresso do esplendor aos céus e da vida ao ventre da Mãe-Terra.
(...)
Festa SOLAR
Celebração elementar do FOGO.
O Deus Sol no auge...
As flores, as árvores, o verde em todo o esplendor...
Cernunos, o Deus Cornudo, em toda a plenitude, maduro e feliz.
A Deusa, fecundada no Beltane (01 de Maio) está grávida e assume os atributos de Deusa Mãe.
No dia mais longo do ano a luz prevalece sobre a escuridão garantindo poder e protecção. Celebra-se a abundância. Celebra-se a Vida

Outras denominações existem para este festival:
·“CoamHain - Midsummer” (“meio do verão” iniciado a 1 de Maio com as festividades do Beltane)
·“Alban Heffin” (designação druídica) “Luz da Costa” ou “Luz do Verão”, fazendo alusão ao triunfo da luz sobre as trevas.
Sob o efeito excitante do Verão, a alegria apodera-se das gentes. As consciências descontraem-se, num estado de alucinação sensorial e sensual.
É no estio que os dias adquirem especial poder, descrito por Rudolph Steiner como o  “phosphoro alquímico, invisível da atmosfera”, através do qual  “entidades oriundas dos mundos estelares entram no nosso organismo etéreo, tornando-o permeável a forças cósmicas necessárias à celebração da metamorfose da alma”.
Todavia é também hoje que o pico de luz entra em declínio culminando no Samhain, Halloween ou Alban Arthan  recordando ao homem o quão transitória é a existência.
Lendas, rituais, sítios e tradições seculares associam-se ao Solstício de Verão, testemunhando a sua relevância cerimonial:
·Monumentos megalíticos alinhados, nos solstícios, com o nascer e o pôr do Sol...
·Colheita, partilha e secagem de ervas medicinais e aromáticas que, pela conjuntura astral, estão agora nutridas do máximo poder curativo, alquímico e mágico do SOL...
·Banhos purificadores e curas milagrosas ocorridas em rios, fontes e cascatas...
·É nesta noite a seiva das árvores está vivaz. Escolhem-se os ramos para as varas de condão, usadas pelos celtas em círculos cerimoniais e rituais de cura enquanto canalizadores de energia.
·O sonhado, desejado ou pedido na noite de Litha realizar-se-á...
.Esta noite que Puck, Pan, Elfos, Fadas, Duendes e Gnomos correm pelos campos e florestas sendo facilmente avistados e contactados...
·Os Druidas veneram Ogham – Duir, o Carvalho. Árvore nobre, símbolo de força, sabedoria e iluminação, pelo crescimento lento, como lenta é a maturação do espirito. A elevada densidade da sua madeira corresponde à solidez espiritual adquirida ao longo do caminho. O Carvalho está também associado à iluminação devido ao especial tropismo dos relâmpagos por esta árvore.
·Rituais de Fogo e Água remontam a ancestrais tradições pagãs, egípcias, gregas, celtas e bárbaras: Rituais de fogo representando o poder fecundador encarnado no Deus Cornudo; Rituais de água representando a fertilidade de Deusa e simbolizados pelo caldeirão de Ceridwen.

Ânima Lusa
Encontramos hoje os ecos cristianizados de antigas tradições pagãs nas celebrações do advento do verão, do Solstício e nas que decorrem ao longo de todo o estio.
Alguns autores afirmam que a tradição dos ritos solares foi trazida para a Península Ibérica pelos árabes (acender fogueiras ainda é uma prática comum em Marrocos e na Argélia). Todavia, nas nossas festas e romarias é, também, evidente a influência celta, visigótica e xamânica.
Hoje, em Portugal, inicia-se um ciclo de dias longos e noites curtas, plenas de eflorescência azulada mimetizando uma extensão dos dias. Estas noites luminosas são realçadas pelas fogueiras e os balões iluminados das festas populares que por estas paragens honram Santo António, São João Baptista e São Pedro, numa espécie de celebração da tríplice, solar e masculina.
Em Junho e Julho, abarcando todo o período do signo de Caranguejo, Portugal está cheio de festividades que pontuam pela cor, luz, alegria e sedução amorosa.
Manjerico, alecrim, funcho, tomilho, verbena, alho-porro, camomila, girassol... Ervas aromáticas, curativas, mágicas, alusivas ao Sol, ervas que nos inspiram e embriagam o espírito.
Igrejas, altares, janelas, ruas e gentes vestem-se de branco, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho.

O fogo é vivificado, numa reverência dionisíaca ao FOGO SOLAR iluminando o céu e a terra:
Pelas fogueiras que, se saltam para espantar o infortúnio e a negatividade, feitas na rua e à porta de casa, purificam e abençoam quem à sua volta dança e histórias conta;
Pelos balões coloridos e iluminados que, pendurados em arcos ou lançados ao céu, simbolizam estrelas cadentes na escuridão nocturna.
Estes são ritos propiciatórios do Fogo, que até ao Equinócio de Outono, ganha força sob a forma de calor, compensando o progressivo declínio da luz.




Mas a Tradição Mágica Lusitana não se fica pelo FOGO e o Masculino, reverencia também a ÁGUA e o Feminino:
 Água da meia-noite, a “água nova” renovadora e mágica e a Água da Alvorada. E por isso se dança até ao romper da aurora, para que o Orvalho nos banhe e assim celebremos um novo ciclo anual.
A sardinha, prateada e vivaz, simboliza as águas correntes e a Lua. Abundantemente consumida nas festas de verão equilibra o Sol, a ele se une e fortifica o Homem balanceando a dualidade sexual. E... é esta união cósmica e ritual do Sol e da Lua que inspira a tradição casamenteira da quadra.
O casamento romântico dos enamorados e o casamento com Fadas ou Mouras Encantadas simbolizando o tradicional ritual de passagem. Mouras Encantadas que protagonizam inúmeras lendas do cancioneiro popular Análogas de Artemisa, de Östara, Deusa Regeneradora dos Visigodos, e da Serpente Guardiã da lenda nórdica de Thora.
Durante o resto do ano as Mouras Encantadas estão adormecidas ou transformadas em serpentes. No Equinócio da Primavera e no Solstício de Verão aparecem em penedos remotos, bosques densos, fontes e ribeiras, como belas donzelas, virgens de longos cabelos dourados e de branco vestidas.
Possuindo dons curativos e poderes mágicos que apaziguam as almas, fazem nascentes brotar e ouro gerar, as “Senhoras Brancas”, vão propondo casamento aos passantes e premeiam, com felicidade e prosperidade, o corajoso jovem que se aventure as desposá-las libertando-as do encantamento. Esta valência feminina, mágica e sagrada na tradição nacional é tão importante que, esta quadra solsticial, inaugura uma série de festividades alusivas a “Nossa Senhora”, que se prolongam por todo verão e se celebram em santuários arborizados e luxuriantes, localizados frequentemente em montes e sítios ermos, de difícil acesso.
Portugal transporta um passado ancestral e mítico de união com a Natureza sendo disso testemunha o nosso folclore que remanesce como um reservatório de cultos e tradições que, embora esmaecidos por imposições dogmáticas, vão permanecendo nas romarias e festas sazonais.

EPÍLOGO
Aos Solstícios não ficam alheias as nossas consciências colectiva e individual. São ancestrais os festivais solares, enquanto representações da fusão dos Espíritos Superior do Sol, do Deus Cornudo e do Homem. Já os gregos chamavam “Apolo de Chifres” ao “Espírito Invisível do Sol” espelhando aquela interpenetração.
Reflectindo os ciclos sazonais, de fertilidade e esterilidade, e estimulando as forças sobrenaturais da personalidade, a Celebração Solar desperta a nossa consciência atávica pois não só objectiva a sintonia com a Natureza, mas também a Experiência Mística que profetiza, na metamorfose da Terra, a potencialidade para a transformação do Homem


“Onde o Deus e a Deusa se Unem
Em Perpétuo Amor e Fecundidade

Nasce a Fertilidade e a Sabedoria"


Fonte

08 junho 2013

Cosmic Grace of the Planets in June 2013



June 8, 2013 is Shani Amavasya, creating a deeper awareness in our lives. Amavasya is the auspicious dark night of the New Moon, when the Moon is not visible in the sky. The dark Moon falling on a Saturday (the day of Saturn) is Shani Amavasya, the day of propitiating Saturn the great Karmic Leveler. It is also the sacred day of Shani Jayanti, when Saturn’s energy arises in this world, occurring in the lunar month of Jyeshtha.

On this special day of Saturn, we can connect with the inner energy of the planet and harmonize its affect upon our lives for the entire year to come. It is a time to connect deeply with Saturn and set our karma in a positive perspective, with gentleness and humility.

Shanideva, the ruler of Saturn, initiates the spiritual seeker into the path of spirituality, deeper awareness and higher wisdom. His benevolence draws our attention to our Sanchita karma- the karma we are born with which reflects the positive and negative karma of our past life incarnations. Shani creates an awareness of the Prarabdha karma –the karma we face in this lifetime. It is the deeper inner spiritual wisdom which colors our Bhagya or good fortune. As dharma it reflects Vedic knowledge, ethics, higher vision, justice, right attitude towards life, concern for humanity and tolerance.



Propitiating Shanideva
-Devotees start their day of Shani Amavasya with offerings prayers and mustard oil to Shanideva.
-Lighting a mustard oil diya or earthen lamp.
-Chanting Shani mantras and prayers.
-Abstaining from food (fasting) from sunrise to sunset helps to curb the appetite, which helps to appease the sensory distractions through tapas. One can have a simple sattvic meal of urad dal (black lentils) and rice after sunset.
-Offering prayers and obeisance to departed souls.
-Offering propitiations at Navagraha temples.


June 2013 ushers in the grace and wisdom of Saraswati Yoga with the three main benefic planets Jupiter, Mercury and Venus coming together in Mercury ruled Gemini, the sign of relationship and communication. Saraswati Yoga bestows upon us the divine grace to follow the Yogic quest. Devi Saraswati is the Goddess of wisdom through the knowledge of creative arts, philosophy and divine grace. Devi Saraswati allows us the jnana or wisdom to express what we learn in beautiful art forms. Through creativity we connect with the world, developing a humanitarian and deeper social awareness through the expression of music, mantra and artistic endeavors.

Jupiter manifests the grace and wisdom of all that is auspicious, moving into the sign of Gemini where it will hold its benevolence until June 2014. Jupiter will draw one to deeper learning experiences where wisdom will flow through dharma and insight. Jupiter will enhance positive communication, knowledge, spirituality and sadhana amongst seekers. Yet Jupiter’s expansive nature can lure us into over expanding and watering down our perspective in life. It can draw us into superficial knowledge, if we fail to turn its energy within. One needs to cultivate discernment and discrimination to hold to the focus of wisdom.

Mercury is transiting its own sign of Gemini from May to early August. Mercury expands our world of travel, study, communication, the spoken word as well as the written expression. This is an auspicious time to delve deep into the wisdom of the cosmic universe both at an inner and an outer level. Retrograde Mercury from June 16 to July 20, 2013 allows one to internalize the wisdom of the outer world in order to master our spiritual nature.

Venus holds the intrinsic grace of the Divine feminine, drawing in the more nurturing aspect of humanity through love and compassion. Forming a deep connectivity with loved ones, formalizing more meaningful relationships based on dharma, it allows one to draw in the mental and emotional aspects of our nature harmonizing our relationships. Venus carries the power or Shakti of the universe into our inner worlds, manifesting as grace in the outer world.

Jupiter’s blessings will aspect Saturn and Rahu in Libra, guiding us to spiritualize our lives through understanding and reinforcing our karmic responsibility as an individual and as a collective consciousness.

Though Kala Sarpa Yoga prevails, with all the planets between Ketu and Rahu, and unexpected events may disturb us externally, the potential for an inner calm and creativity will be there for all who sincerely open themselves to its presence.


Jai Ma Guru!


Fonte: