Finaliza a época das colheitas. Entra a estação da escuridão.
O véu entre o mundo dos vivos e dos mortos torna-se mais ténue. Celebra-se a morte e o renascimento, honrando os antepassados.
O elemento fogo, presente nas fogueiras, purifica e protege, despoletando uma postura intropectiva, tal como as sementes que se vão desenvolvendo na terra.
O autor galego José Manuel Barbosa refere que "ao nome de Magusto têem-se-lhe dado várias orígenes etimológicas dentre elas a de “MAGNUS USTUS” que vem significar al assim como “grande fogueira” donde MAGNUS é grande e USTUS, queimado, ardido, o participio passado do verbo “Uro”, arder, queimar. Pode ter umha certa lógica mas nós quigêramos propor outra desde aquí que tem a ver com as palavras “MAGUS” feiticeiro, bruxo, mago e “USTUS”. A maioria das palavras em galego-português provêem do acusativo latino que neste caso seria “MAGUM USTUM” donde seria mais fácil explicar a deriva para “Magusto”, e mesmo em dativo “MAGO USTO” literalmente “…ao ou para o mago queimado” querendo falar quiçá dumha fogueira para queimar magos segundo criterios anti-pagaos medievais? Quiçá se refira à fogueira onde os magos faziam as suas queimadas entendidas como rituais com fogo? Pode derivar daí a queimada galega com o seu ritual hoje vulgarizado e desprovido de qualquer conotaçom esotérica?
Recomendados dois artigos sobre a presença dos magustos/magostos no património imaterial galego-português - aqui e aqui.
Festa da cabra e do canhoto e mais aqui.