My Beautiful Peony by sami edelstein |
Se
queres mudar o mundo, mulher, ama um homem
Ama-o de verdade
Escolhe aquele cuja alma chama a tua; o que repara em ti; o que tem a coragem de ter medo
Aceita a sua mão e guia-o suavemente até ao sangue do teu coração
Onde ele possa sentir o teu calor, aí descansar
E, no teu fogo, queimar a sua pesada carga.
Olha fundo nos seus olhos e reconhece o que repousa lá, adormecido ou acordado, tímido ou expectante
Olha-o nos olhos e descortina lá os seus pais e avós, a loucura e as guerras
Que os seus espíritos travaram nalguma terra distante num tempo distante.
Pensa nas suas dores, tormentos, lutas e culpa
Sem julgamento, deixando tudo ir embora.
Sente o seu fardo ancestral
E reconhece que o que ele procura é um refúgio seguro em ti.
Deixa-o fundir-se no teu olhar firme
E compreende que tu não precisas de espelhar aquela fúria
Porque tu tens um útero, um portal doce e profundo para lavar e renovar antigas feridas.
Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade.
Senta-te à sua frente, na tua plena majestade de mulher, na exalação da tua vulnerabilidade
No brincar da tua inocência de criança, nas profundezas do teu morrer
Florescendo num convite, cedendo suavemente, permitindo que o seu poder de homem
Caminhe em direcção a ti… e nadem no útero da Terra, juntos, em silencioso saber.
E quando ele recuar, porque isso acontecerá, e fugir com medo para a sua caverna…
Reúne-te as tuas avós… envolve-te na sua sabedoria
Escuta os seus murmúrios sussurrados,
Acalmando o teu coração assustado
Incitando-te a ficares calma… e esperar pacientemente pela sua volta
Senta-te e canta-lhe, à porta, uma canção de memórias,
Que o possa suavizar, uma vez mais.
Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade
Ama-o o bastante para que fique sem disfarces e livre
Ama-o o suficiente para abrir o teu corpo e alma ao ciclo do nascimento e da morte
E agradece-lhe o ensejo
Quando dançarem juntos por entre os irados ventos e os silenciosos bosques
Vai com a coragem da fragilidade e deixa-o beber nas suaves e arrebatadas pétalas do teu ser.
Que ele saiba que pode segurar-te de pé e proteger-te.
Cai nos seus braços e confia nele para te pegar
Mesmo que tu tenhas sido largada mil vezes antes.
Ensina-o a render-se, entregando-te tu
E mergulha no doce nada do coração deste mundo.
Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade
Encoraja-o, alimenta-o, autoriza-o, ouve-o, abraça-o, cura-o
E tu, em troca, serás nutrida, apoiada e protegida
Por braços fortes, pensamentos claros e focadas flechas
Porque ele pode, se tu o deixares, ser tudo o que sonhas.
~Anónimo~
tradução livre Irene Crespo
Ama-o de verdade
Escolhe aquele cuja alma chama a tua; o que repara em ti; o que tem a coragem de ter medo
Aceita a sua mão e guia-o suavemente até ao sangue do teu coração
Onde ele possa sentir o teu calor, aí descansar
E, no teu fogo, queimar a sua pesada carga.
Olha fundo nos seus olhos e reconhece o que repousa lá, adormecido ou acordado, tímido ou expectante
Olha-o nos olhos e descortina lá os seus pais e avós, a loucura e as guerras
Que os seus espíritos travaram nalguma terra distante num tempo distante.
Pensa nas suas dores, tormentos, lutas e culpa
Sem julgamento, deixando tudo ir embora.
Sente o seu fardo ancestral
E reconhece que o que ele procura é um refúgio seguro em ti.
Deixa-o fundir-se no teu olhar firme
E compreende que tu não precisas de espelhar aquela fúria
Porque tu tens um útero, um portal doce e profundo para lavar e renovar antigas feridas.
Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade.
Senta-te à sua frente, na tua plena majestade de mulher, na exalação da tua vulnerabilidade
No brincar da tua inocência de criança, nas profundezas do teu morrer
Florescendo num convite, cedendo suavemente, permitindo que o seu poder de homem
Caminhe em direcção a ti… e nadem no útero da Terra, juntos, em silencioso saber.
E quando ele recuar, porque isso acontecerá, e fugir com medo para a sua caverna…
Reúne-te as tuas avós… envolve-te na sua sabedoria
Escuta os seus murmúrios sussurrados,
Acalmando o teu coração assustado
Incitando-te a ficares calma… e esperar pacientemente pela sua volta
Senta-te e canta-lhe, à porta, uma canção de memórias,
Que o possa suavizar, uma vez mais.
Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade
Ama-o o bastante para que fique sem disfarces e livre
Ama-o o suficiente para abrir o teu corpo e alma ao ciclo do nascimento e da morte
E agradece-lhe o ensejo
Quando dançarem juntos por entre os irados ventos e os silenciosos bosques
Vai com a coragem da fragilidade e deixa-o beber nas suaves e arrebatadas pétalas do teu ser.
Que ele saiba que pode segurar-te de pé e proteger-te.
Cai nos seus braços e confia nele para te pegar
Mesmo que tu tenhas sido largada mil vezes antes.
Ensina-o a render-se, entregando-te tu
E mergulha no doce nada do coração deste mundo.
Se queres mudar o mundo ama um homem; ama-o de verdade
Encoraja-o, alimenta-o, autoriza-o, ouve-o, abraça-o, cura-o
E tu, em troca, serás nutrida, apoiada e protegida
Por braços fortes, pensamentos claros e focadas flechas
Porque ele pode, se tu o deixares, ser tudo o que sonhas.
~Anónimo~
tradução livre Irene Crespo