No dia 14 de janeiro teve início o Maha Kumbh Mela, evento que decorrerá até 25 de fevereiro.
Celebrado
a cada 12 anos por milhares de anos, o Kumbha Mela é a maior
aglomeração espiritual do planeta. Peregrinos, homens santos,
sábios, sadhus e iogues pertencentes a diversas linhas e tradições
vêm ao Kumbha Mela para compartilhar o seu conhecimento e sabedoria,
intensificar as suas práticas e unir-se nas suas jornadas
espirituais. Dezenas de milhões juntam-se nas margens do rio Ganga
(Ganges) num momento no qual planetas, constelações e outros corpos
celestiais estão em perfeito alinhamento, criando uma poderosa
corrente de energia espiritual. Essa energia é intensificada pela
consciência colectiva de homens santos, sábios e peregrinos, que se
unem aqui com o objectivo comum da procura da cura pessoal e
transformações duradouras.
A
palavra “kumbha” significa pote ou vasilhame, referindo-se ao
recipiente que contém o elixir da vida, a seiva da imortalidade.
Kumbha Mela é o nome dado ao momento e local exactos que acolhem
esta força vital líquida. Uma das mais importantes lendas indianas
conta que esse elixir da vida cai do céu a cada doze anos na
confluência de três rios – Ganga, Yamuna e o místico Sarasvati –
próximo à cidade hoje chamada de Allahabad, no centro-norte da
Índia. Por milhares de anos, grandes sábios empenharam-se em
intensas práticas em grupo neste local espiritual a fim de levar a
sabedoria aos corações humanos e estabelecer harmonia no mundo
físico.
História
e Tradição do Kumbha Mela
A
escritura mais antiga do mundo é conhecida como Rig Veda, escrita há
pelo menos 5000 anos. Há um verso no Rig Veda que diz: “Há dois
rios, um azul e outro branco. Ao mergulhar na confluência, onde o
branco e o azul se encontram, a imortalidade é obtida. Sabedoria e
conhecimento também são obtidos. E assim se contribui para o fluxo
contínuo de conhecimento, sabedoria, cultura e civilização.”
Essa passagem indica que o Kumbha Mela é uma tradição de pelo
menos 5000 anos.
Por mais de mil anos, pessoas vindas de países do sudeste da Ásia – Malásia, Indonésia, Tailândia, Mianmar, Camboja, Laos – vêm ao Kumbha Mela. Existe um costume antigo dessas culturas no qual quando alguém da comunidade vai ao Kumbha Mela, um festival é celebrado para comemorar a peregrinação. Todos da comunidade comparecem e doam o que podem para ajudar os viajantes. Quando o peregrino finalmente retorna, após ter se banhado no Ganga no Kumbha Mela, é feita uma grande celebração. Pessoas vêm com tambores e outros instrumentos musicais para cumprimentar o recém chegado viajante. O peregrino traz consigo um recipiente contendo água do Ganga e os residentes do vilarejo se revezam na honra de carregar essa água sagrada. Centenas de pessoas comparecem somente para tocar o recipiente com a água retirada do Ganga durante o Kumbha Mela.
Por mais de mil anos, pessoas vindas de países do sudeste da Ásia – Malásia, Indonésia, Tailândia, Mianmar, Camboja, Laos – vêm ao Kumbha Mela. Existe um costume antigo dessas culturas no qual quando alguém da comunidade vai ao Kumbha Mela, um festival é celebrado para comemorar a peregrinação. Todos da comunidade comparecem e doam o que podem para ajudar os viajantes. Quando o peregrino finalmente retorna, após ter se banhado no Ganga no Kumbha Mela, é feita uma grande celebração. Pessoas vêm com tambores e outros instrumentos musicais para cumprimentar o recém chegado viajante. O peregrino traz consigo um recipiente contendo água do Ganga e os residentes do vilarejo se revezam na honra de carregar essa água sagrada. Centenas de pessoas comparecem somente para tocar o recipiente com a água retirada do Ganga durante o Kumbha Mela.
A
Origem Mítica do Kumbha Mela
O
Kumbha Mela é tão antigo que é difícil determinar quando e como
ele começou. No entanto, há histórias, que de tão antigas, são
chamadas de mitos e lendas. Esta é uma delas:
Era
uma vez, o nosso planeta estava dominado por um grupo de demónios
que vivia no fundo do oceano. Eles tinham roubado todas as grandes
preciosidades da Terra: amor, compaixão, bondade, a vitalidade e o
poder curativo de nossos grãos, vegetais, frutas, rios e montanhas,
o poder curativo natural do amor dos pais, e a força protectora dos
nossos líderes.
Um
demónio, cujo nome era Shankhasura, roubou todos esses bens
escondendo-os no fundo do oceano. O planeta inteiro começou a
sofrer. A Mãe Terra estava tomada pela tristeza. Então, acompanhada
por grandes santos, sábios, pensadores e filósofos, ela pediu ajuda
ao Senhor Vishnu. Ele ouviu o pedido, subjugou os demónios, e
permitiu que todas essas grandes forças, virtudes e preciosidades
pudessem retornar.
Para
honrar Vishnu e o seu serviço ao mundo, sábios e santos uniram-se e
fizeram uma das maiores meditações em grupo: doze anos meditando às
margens do rio Ganga em Allahabad. Desde então, o Kumbha Mela vem
sendo celebrado a cada doze anos para comemorar essa primeira prática
em grupo e para renovar o nosso compromisso em zelar por nós mesmos
e pelo nosso planeta.
O
Ardha Kumbha e o Maha Kumbha são ocasiões em que milhões de
pessoas se reúnem para se banhar nas águas sagradas. É essa a
razão principal fazer a peregrinação ao Maha Kumbha e ao Ardha
Kumbha Mela. Acredita-se que um mergulho nos rios sagrados durante o
Maha Kumbha ou Ardha Kumbha leva o ser humano para fora do círculo
da vida e da morte, alcançando Moksha. Devotos, santos / sadhus
acorrem em grande número vindos de todo o Mundo para dar um mergulho
nas águas sagradas dos rios Ganges, Yamuna e o mitológico
Saraswati, em Prayag (Sangam). De acordo com as tradições estes
rios sagrados oferecem pureza, riqueza, fertilidade e lavam os
pecados de todos aqueles que se banham nas suas águas.
Fonte:
http://brasil.km2013.com/o-kumbha-mela/