02 dezembro 2011

Honrar tradições ancestrais

Through ancestral memories we can recall the world's oldest rituals and ceremonies. These rites kept our people connected to one another and to the greater energies of the universe1 afirma Maya Tiwari.




Honrar o Universo através da celebração de tradições ancestrais permite-nos regressar às origens, porque "voltar às origens é readquirir as forças que jorraram nessas mesmas". Neste sentido, o rito aponta um modelo a fim de resgatar essências esquecidas. Nas palavras de Mircea Eliade "Um objecto ou um acto não se tornam reais, a não ser na medida em que repetem um arquétipo. Assim, a realidade adquire-se exclusivamente pela repetição ou participação; tudo o que não possui um modelo exemplar é vazio de sentido, isto é, carece de realidade".

E se é verdade para adultos... 
Giving our children a direct and joyous experience of their oneness with earth, with other people, and with the divine, we give them the key, not only to personal wholeness and health, but to the health of this planet, which they will one day inherit2.

Damos assim início a uma série de posts que pretendem constituir um meio de auto-redescobertas. Centrarmo-nos no Universo e nas suas energias, respeitando os seus ritmos, o seu prana, são passos em direcção à harmonia. E as tradições e festividades centradas nesta casa que é a Terra permitem um alinhar mais tangível - "as ordens mais elevadas do ser têm as suas reverberações nas mais baixas, e é através da linguagem, rito, símbolo e imagem, que uma comunicação espiritual é mantida entre o nosso universo fenomenológico e o seu Protótipo celestial" (René Guénon).



1TIWARI, Maya in The Path of practice. Delhi: Motilal Banarsidass, 2000, p. 182
2JOHNSON, Cait and SHAW, Maura in Celebrating the great Mother. Vermont: Destiny Books, 1995, p. xiv