Escrevo
este texto mergulhada no aroma do arroz-doce a cozer na panela ao
lado. O arroz integral ainda em água fervente com açúcar e canela.
Água em precisa quantidade para que se coza bem macio até secar.
Posso continuar escrevendo, pois em breve o som da água borbulhando
deve tornar-se um pouco mais seco e estalado, me avisando que é hora
de desligar o fogo. Neste momento levanto-me, junto o leite quente e
os demais ingredientes, que cozinham até o ponto cremoso. Usei uma
receita, mas mesmo sendo minha primeira vez não segui à risca.
Criei um pouco, intuindo alguns ajustes para meu próprio paladar e
benefício. Volto, sento pra continuar o texto. E me pergunto:
estarei eu me transformando naquele abominável arquétipo
multitarefas ou simplesmente orquestrando e nutrindo o fértil uso de
múltiplas habilidades simultâneas? É sutil a diferença entre as
duas atitudes: a primeira invariavelmente causa sufocamento e
angústia, já que algo importante do qual fica impossível se dar
conta estará provavelmente se perdendo no meio de tanto barulho. A
segunda traz o bem-estar das realizações ativas, fluidas e
despertas.
A
TOTALIDADE É FÉRTIL
O
aparentemente simples cozer do arroz-doce torna-se complexo quando
percebido com mais atenção. Múltiplas habilidades são ativadas
para compor um todo único e harmônico. Memória, intuição, visão,
tato, audição, paladar, entre outras que poderíamos citar ao
infinito. É claro que o resultado do trabalho pode ter ótimo sabor
para alguns, e nem tão agradável a outros, afinalsabor vem
de saber, que em cada ser constitui-se de um jeito específico.
De qualquer modo, a partir de uma experiência prévia, chega-se a
uma vívida e nova quando lança-se mão de uma equilibrada medida
entre pulsão criativa e prudência, até que algo potente consolida
sua existência no mundo e vai contagiando positivamente com mais
vida tudo ao redor.
À
ideia de totalidade é dado o nome Brahman, “palavra sânscrita
formada a partir da raiz brh: crescer, expandir. Designa a força
vital do universo que habita todas as coisas [...]”, o poder
inerente nas palavras e no ritmo das preces, o poder sagrado que
conferia eficácia aos encantamentos. De acordo com Heinrich Zimmer,
‘Brahman, este encantamento ou expressão mágica, é a forma
cristalizada e congelada da mais alta energia divina [...], que
quando ainda não se precipitou em seu estado líquido ou etéreo,
constitui o poderoso impulso que emerge do inconsciente do ser
humano.’[1] No hinduísmo posterior, equivale a Shakti:
energia, força, poder.”[2]
Ou
seja, a força vital – Shakti – , está implícita
em Brahman, mas sem discernimento não é fértil ainda.
Discernimento e força vital devem caminhar juntos para a totalidade
fértil.
FEMININO
E MASCULINO
Porém,
vivemos há alguns séculos num mundo em que “feminino e masculino
são uma polaridade desequilibrada. Direitos iguais para os homens
nunca foram inspiração para uma marcha de protesto ou greve de
fome. Em nenhum país do mundo, os homens são considerados
legalmente incapazes, como ocorreu com mulheres de várias nações
europeias até o século XX e ainda ocorre em vários países
muçulmanos, do Marrocos ao Afeganistão. Nenhum país deu o direito
de voto primeiro às mulheres para só depois concedê-lo aos homens.
Ninguém jamais pensou que os homens fossem o segundo sexo.”[3]
“Os
princípios feminino e masculino, como aspectos duais de uma matriz
maior, são qualidades vibratórias da energia que é neutra e que
permeia todo o universo. Ambos necessários para descrever
adequadamente a realidade que conhecemos, são tendências opostas e
complementares, presentes em todos os seres vivos. Todo movimento,
toda expressão, todo comportamento é constituído de uma mescla de
ambas as polaridades, ainda que em proporções diferentes.”[4]
Para
identificar estas proporções no mundo, sobre um movimento
expressivo por exemplo, “costuma-se denominar masculino aquele que
tem uma intenção prévia e se mobiliza para alcançar o objetivo.
Se lança para algo que está fora dele. Enquanto o feminino emerge
de uma necessidade interna, tendo por objetivo responder a essa
finalidade. É emergente e vinculado à fonte[...]. Em qualquer
situação existe um elemento receptivo e outro ativo. Qualquer
atitude se origina de um pensamento e de um sentimento.”[5] Por
exemplo, podemos ensaiar que, quando decido preparar um alimento, a
ação emerge de uma necessidade interna: a fome, a autopreservação
(princípio feminino emergente vinculado à fonte). Mas ao escolher a
panela de ferro porque cozinha mais rápido e havia pouco tempo
disponível para a tarefa, estava mobilizando meu intelecto para
alcançar o objetivo estabelecido: cozinhar algo em pouco tempo
(mobilização masculina objetiva). Enquanto isso, durante o processo
lanço mão de improvisações que fogem de ditames e receitas
externas para servirem exclusivamente a meu paladar, seguindo apenas
um instinto ou palpite: decisão de quais ingredientes usar ou como
temperar (escolhas que emergem de um impulso/necessidade −
princípio feminino emergente vinculado à fonte). Temos assim, na
prática, feminino e masculino totalmente mesclados.
No tantra[6], Shiva e Shakti são,
respectivamente, os princípios de consciência e poder;
transcendência estática e movimento contínuo; inércia e paixão.
“O poder, aspecto ativo e imanente da divindade é chamado
de Shakti. Todo e qualquer deus necessita de sua Shakti ou
será incapaz de agir.”[7] Shakti seria o princípio
produtivo simbolicamente feminino, e Shiva a consciência
sem ação.
Portanto,
feminino e masculino são uma dicotomia ilusória [8], já que o
feminino seria a alma e o masculino a consciência, compondo a
totalidade psíquica, e sendo assim inseparáveis em um único todo.
A ilusão desta dicotomia pode ter surgido na humanidade com o
pensamento mecanicista, que parte do ponto de vista da separatividade
de partes que compõem o todo. “Quando partimos da totalidade,
contudo, a dualidade é apenas seu desdobramento. Assim, para nos
conectarmos com o absoluto sem polaridade, com ‘fecunda
neutralidade’[9], [...] não precisamos nos tornar andróginos, mas
sim participar do eterno jogo lúdico destas polaridades, jogo que
possibilita ao mundo manifesto.”[10]
O par
divino Shakti-Shiva, pode ser abstratamente expresso
como yoni(vulva)-lingam(pênis), símbolo supremo do princípio
vital. Vajra-padma significa ‘a joia no lótus’. E
segundo B. Walker, “Vajra pode significar tanto joia quanto
diamante, este último um antigo símbolo para clitóris. ‘O vajra
é um símbolo arcaico de poder, encontrado em coroas de deidades da
vegetação e em selos da civilização do vale do rio
Indo.’[11] Vajrasana seria o
‘assento de diamante’, estado mítico de união psicossexual com
a Deusa.”[12]Todo o universo provém de uma união de uma yoni com
um lingam.
Até
mesmo no Hatha Yoga, sistema de práticas desenvolvido para o
despertar da energia psíquica potencial humana (Kundalini) por meio
do esforço físico, temos essa relação. Hatha, em
sânscrito, literalmente significa esforço extremo. Mas há algo
lindo por trás disso: Ha = Sol e Tha = Lua, o
que significa que este esforço extremo depende da integração das
duas forças solar (masculina) e lunar (feminina), para o despertar
da potencialidade humana. Estamos, portanto, falando de fertilidade,
em toda a sua extensiva expressão, como integração de forças.
A
FERTILIDADE FEMININA NA HISTÓRIA
Nas
sociedades tribais os rituais tântricos – cultos e
práticas mágicas populares com ensinamentos esotéricos e
iniciáticos –, eram “meios de invocar os aspectos benéficos dos
elementos e das divindades, trazendo segurança para as pessoas.
Quando do aniquilamento das formas tribais de organização e
imposição do poder central sacerdotal, o sentimento de estar à
mercê de um deus ou rei todo-poderoso, ou de seus representantes,
fez com que as pessoas do povo se apegassem ainda mais ao culto à
Deusa-mãe (a figura da mãe natural, entendida como potência de
vida e, portanto, desta protetora), associado ao fato de lhes ter
sido interditado o acesso aos rituais dos dominadores [...]. Para
escapar à aniquilação total sob a influência dos sistemas de
orientação masculina, o culto à Deusa e seus símbolos
submergiram, levando consigo cerimônias sagradas que até então
eram partilhadas por todos, passando a ser realizadas secretamente,
apenas por iniciados [...]. Na Índia e Bangladesh existem ainda hoje
escolas secretas, onde a Deusa e sua yoni (vulva) são
cultuadas, não apenas por seus poderes de fertilidade, mas pelas
energias associadas à menstruação e a sexualidade feminina [...].
Com o tempo, as deusas silenciadas pelo domínio patriarcal
gradualmente foram ressurgindo até que os elementos míticos de
diversas tradições femininas se fundiram na imagem da grande deusa
Maha-Devi (contida no texto Devi-Mahatmya – ‘O texto da
Maravilhosa Essência da Deusa’ –, de 500-600 d.C.”[13]
Shakti primeva
é força e fonte de onde tudo nasceu e teve origem. Este conceito
está contido em muitos símbolos femininos como as águas fluidas,
elemento preservador da vida: “água, seiva, leite e sangue são
diferentes formas do mesmo elixir de vida.”[14] A
flor-de-lótus, yoni e mãe do universo, útero da natureza
onde todos os seus elementos estão reunidos: a terra (lodo) como sua
sustentação, a água em que está mergulhada que a mantém viva, as
pétalas seriam o ar e sua fertilidade que ocorre pelo calor do sol.
“No broto, flor e semente temos a trindade virgem-mãe-anciã.”[15]
“Desde
o paleolítico, a vulva é representada como um triângulo (em
figuras femininas desenterradas em sítios arqueológicos),
simbolizando a fonte de águas da vida, ou como semente e broto
prenunciando o desabrochar da planta, ou então uma vulva inchada
prenunciando o parto.”[16] “Nas ilhas britânicas, ela
aparece nos pórticos acima das entradas das igrejas e monastérios
como Sheela-na-gig, uma figura que abre suas pernas e expõe sua
vagina como símbolo de passagem para a vida.”[17]
A
MULHER, SEU CORPO E SEU CICLO FÉRTIL
Portanto,
se segundo o tantra, Shakti é poder, movimento contínuo,
paixão e ação, e se a mulher tem chances de bem compreender e
saber do princípio dos ciclos naturais, nos quais seu próprio ciclo
menstrual se inclui, ela estaria apta a navegar nestes ciclos por
toda a eternidade, para sempre vinculada à natureza inegável?
A cada
mudança de estação, período ou fase, a mulher é lançada a um
novo estado de emergência, em que as variáveis já são diferentes
do anterior. Nunca viveremos um período menstrual ou fértil igual a
outro, pois estamos em constante movimento. A cada manhã, ao acordar
nossa pele está diferente, e assim também nosso útero e glândulas.
Mas se nos observarmos, e assim como ao cozer o arroz-doce, intuímos,
ou melhor, escutamos a voz que diz “um pouco mais de açúcar, um
pouco mais de afeto”, “mais pimenta agora”, “não, não,
chega, assim está bem”[...]. Temos grandes chances de acertar,
pois esta voz é nada mais do que nós mesmas. É potência pura.
Representa nossos devires, pulsão de vida, e carrega consigo todas
as chances de transformar inércia em vida, gestando um novo ser: nós
mesmas em uma refinada versão.
PARA
UM NOVO FILHO
Uma
das mais lindas mensagens que Geeta Iyengar nos deixa em seu Iyengar
Yoga for Motherhood (que considero indispensável leitura para
quem pretende gerar um filho, pois ali encontram-se dicas para o
casal desde antes mesmo de haver a concepção até o pós-parto),
além de Yogasanas, Pranayamas e dicas práticas, é
que quem pretende gerar um filho deve se lembrar que absolutamente
tudo o que você pensar, sentir e fizer com seu corpo, sua mente e
seu espírito vai ser herdado por seu filho desde o ventre. Você
está o tempo todo criando herança para a humanidade por meio de sua
própria vida. E pensei: os Deuses estavam mesmo pensando na evolução
de nossa espécie quando inventaram o Yoga. Sua vida será sua
herança.
UM
YOGA ASANA
Abro o
livro Light on Yoga de BKS Iyengar procurando reler o que
ele fala sobre fertilidade. Me deparo logo com um de
meus Yogasanas prediletos: Badhakonasana[18] (ilustração
da abertura deste artigo), que está também indicado no Hatha
Yoga Pradipika (guia clássico sistematizado por Svatmarama
Yogendra em meados do século XIV de nossa era, para a prática
avançada do Hatha Yoga) como uma das quatro posturas mais
importantes, entre as oitenta e quatro deixadas como legado pelo
próprio Senhor Shiva, que teria criado o Yoga e o ensinado a
sua esposa Parvati, para que juntos compartilhassem a jornada de
suas existências tendo este sistema de práticas como instrumento.
Segundo
o Hatha Yoga Pradipika, Badhakonasana cura todas as
doenças e elimina o cansaço. Segundo BKS Iyengar,
este Asana “mantém os ovários, os rins e a próstata
tonificados, nutridos e saudáveis; trata distúrbios urinários e
ovarianos; reduz dor ciática; previne hérnia; alivia peso e dor nos
testículos; corrige menstruação irregular e muito pesada; alivia
dor menstrual; e até ajuda a desobstruir as trompas de falópio
obstruídas! Melhora o fluxo sanguíneo para o abdômen, a pelve e
toda a articulação do quadril. Está recomendado no livro do Dr.
Grantly Dick Reed chamado Parto sem medo.”[19] Segundo
Geeta Iyengar, o Asana “está no topo da lista para
gestantes! Elas sentirão liberdade para o sistema respiratório,
muito menos dor durante o trabalho de parto e estarão livres de
varizes se praticarem a postura todos os dias por alguns minutos. Ele
tonifica os músculos do assoalho pélvico, alivia dor nas costas.
Reduz a tensão na pele e nos músculos abdominais, o que causa
estiramento e comichão. Corrige a pressão do útero nas veias
largas da pelve, que causa obstrução da circulação e resulta em
retenção hídrica. As pernas se abrem como pétalas de uma
flor-de-lótus, dando liberdade aos músculos do assoalho pélvico.
Alivia compressão na vagina, ânus e parte baixa da coluna
vertebral. Ajuda a eliminar desconforto, ardência, irritação,
coceira ou corrimento vaginal. Badhakonasana pode ser praticado
a qualquer momento do dia, inclusive após uma refeição, pois
auxilia a digestão.”[20] Cuidado: não o pratique se você
tiver prolapso de útero.
(...)
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
[1] ZIMMER,
H. Filosofias
da Índia.
São Paulo: Palas Athena, 1986. P. 63.
[2] VON
KOSS, M. A totalidade e seu desdobramento. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 19-36.
[3] Sonntag,
S. Mulheres. In Folha
de São Paulo.
Caderno 2. P. D9. 8 de janeiro de 2000. Tradução e edição de
texto de Ruth Helena Bellinghini.
[4] VON
KOSS, M. Feminino e masculino: uma dicotomia ilusória. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 209.
[5] VON
KOSS, M. Feminino e masculino: uma dicotomia ilusória. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 210.
[6] “O Hatha
Yoga tem
suas raízes na Índia antiga, mas ganhou muita força no período
medieval (séculos IX a XVI)… O período em que ele surgiu coincide
com um momento muito especial em que os adeptos
do Tantra apresentaram
a uma Índia pasmada e acomodada no ritualismo bramânico uma visão
revolucionária e dinâmica do universo e do Homem. Para os tântricos
o corpo não é mais causa de pecado e perdição, mas veículo para
a transcendência e a realização da natureza divinal do Homem”.
KUPFER, P. Introdução. In YOGENDRA, Svatmarama. Hatha
Yoga Pradipika.
Florianópolis: Dharma, 2002. P. 7-12.
[7] VON
KOSS, M. Tantra e a polaridade sexual divina. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 44.
[8] VON
KOSS, M. Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000.
[9] ZIMMER,
H. Filosofias
da Índia.
São Paulo: Palas Athena, 1986.
[10] VON
KOSS, M. Tantra e a polaridade sexual divina. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 45.
[11] RAWSON,
P. The art of Tantra. New York: Thames and Hudson, 1992. P. 9-10.
[12] WALKER,
B. Vajra. In Woman’s
Encyclopedia of Myths and Secrets.
San Francisco: Harper, 1983. P.1037.
[13] VON
KOSS, M.. Tantra e a polaridade sexual divina. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 37-60.
[14] WALKER,
B. Menstrual blood. In Woman’s
Encyclopedia of Myths and Secrets.
San Francisco: Harper, 1983. P. 637.
[15] VON
KOSS, M. Tantra e a polaridade sexual divina. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 40.
[16] GIMBUTAS,
M. The
Language of the Godess.
San Francisco: Harper, 1991. P. 99.
[17] VON
KOSS, M. Tantra e a polaridade sexual divina. In Feminino
+ Masculino – uma nova coreografia para a eterna dança das
polaridades.
São Paulo: Escrituras, 2000. P. 41.
[18] IYENGAR,
BKS. Yogasana, Bandha and Kriya. In Light
on Yoga. New
York: Schocken Books, 1979. P. 128-129.
[19] IYENGAR,
BKS. Asanas for you: sitting asanas. In Yoga,
the path to holistic health. London:
Dorling Kindersley, 2001. P. 108-109.
[20] IYENGAR,
G.S.; KELLER, R.; KHATTAB, K. Detailed descriptions of asanas for all
studentes: Badhakonasana. In Iyengar
Yoga for Motherhood – Safe practice for expectante and new
mothers. New
York: Sterling Publishing Co., 2010. P. 67-69.
Fonte: